terça-feira, 21 de outubro de 2008

Preguiça Mental Na Pós-Modernidade


Hoje, dia 21 de outubro de 2008, estamos vivendo em uma aldeia global. As distâncias diminuíram, o mundo tornou-se palpável facilmente e tudo graças à tecnologia. Os Meios de Comunicação Massivos trouxeram a principal imagem desta realidade progressista e globalizada, o qual tem o discurso de evolução da sociedade, velocidade e facilidade.

Porém, levemos em consideração não apenas esse pensamento unidimensional.

Antigamente as pessoas que desejavam possuir um livro, essas teriam que copiar o livro, e naturalmente, o leriam - estudos indicam que o melhor modo de adquirir conhecimento é anotando o que se estuda -, isso acontecia, por que não existia a tecnologia de impressão copiadora.

É indiscutível, que, claro que eu não sou contra a tecnologia ou esse tipo de tecnologia, porém, a maneira, a qual a sociedade se comporta superficialmente hoje, é facilitada pela tecnologia.

A conclusão sobre o fato que indiquei do passado é que, atualmente, tornou-se sinônimo de status, beleza e até intelectualidade ter uma biblioteca, ou um acervo de livros dentro de casa, porém as pessoas, nem ao menos lêem uma minoria do que possuem, na realidade utilizam apenas de pesquisas, e quando necessário para alguma função que gere fins informativos superficiais, não em busca do conhecimento, mas sim em busca de informações funcionais que são praticamente uma questão de necessidade, ou seja, em busca de capital, status, diplomas ou ainda, prazer obsoleto.

Outro exemplo são os textos universitários, o qual, não é pedido leituras inteiras sobre livros, e sim, apenas recortes de capítulos, e mesmo assim, os alunos acabam por não ler ao menos estes.

A tecnologia audiovisual, a televisão inicialmente, facilitou ainda mais a preguiça mental do indivíduo. Os valores já estão impregnados nela, e a sociedade apenas recebe essa informação, não precisa pensar.
Como por exemplo, imaginar pela voz do galã da novela, como ele seria visualmente, ou em uma leitura imaginar como seria a voz do tal.

Claro que os meus exemplos utilizados são um tanto quanto banais, mas considero ótimos exemplos para a compreensão do que estou falando, e também, são fatos dentro da realidade para o senso comum, e desejo abranger e ser capaz de proporcionar a compreensão para todo tipo de público.

O Teórico da Comunicação, Marshall McLuhan, questiona se o modo como a tecnologia é usada, realmente é um avanço. A bomba atômica é uma tecnologia, onde está a utilização moral correta?

McLuhan argumenta que, o meio é a mensagem (ele se refere ao meio de comunicação), ou seja, não tem importância o que você está falando, mas sim, onde você está falando.

O segundo argumento do teórico é a superficialidade da Mídia, então tudo o que estiver nela também será. Independente da mensagem que poderá ser transmitida por ela, de entretenimento à filosofia, os meios já possuem características que moldam a mensagem de acordo com seus interesses.

Para McLuhan, a tecnologia é uma extensão do nosso corpo, do mesmo modo que um microfone é um tipo de extensão das nossas vozes. McLuhan considera que a facilidade cria a preguiça mental, que só tem de aumentar. Ele considera o aumento da tecnologia na sociedade a queda no nível de qualidade.

Um dos fatos é que por esta razão, as maquinas estão cada vez mais capacitadas e o ser humano está cada vez com uma preguiça maior para pensar, mas devo lembrar que o pensar pode atrofiar, ou hiper atrofiar, como qualquer coisa em seres vivos. Desde os músculos, até os ossos, e principalmente a mente.

O raciocínio é diferente do pensar, ele já acontece dentro de um modelo pré-estabelecido, e por essa razão não causa um esforço significativo e qualitativo no ser, no máximo é quantitativo.

As pessoas ficam satisfeitas em conhecer lugares através de imagens, ou seja, o ponto é que as pessoas se contentam com o superficial, e esse é o status quo da atualidade e a tecnologia que proporcionou essa preguiça mental massiva.

A tecnologia é mesmo um avanço, ou você não vive uma preguiça mental?

3 comentários:

  1. Pois é, com toda essa tecnologia a população tende a empobrecer cada vez mais em termos de cultura e inteligência.

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  2. Realmente a tecnologia contribuiu para o empobrecimento cultural da sociedade. Mas não devemos tomá-la como um total vilão nessa história. Devemos analisar a situação calmamente. Qualquer coisa pode ser usada de forma proveitosa, ou não. A tenologia nos possibilitou uma qualidade incrível na transmissão de informações. Para quem está interessado em se informar, em não atrofiar a inteligência, em se tornar um ser integrado ao mundo em que vive, a tecnologia, principalmente a internet, possibilitou esse "milagre" da obtenção da informação em qualquer hora. Basta conectar-se e acessar sites como Google, Wikipédia...Mas para aqueles que já são pobres intelectualmente, ou melhor, para aqueles que o desejam ser, a internet, por exemplo, de nada serve, a não ser para ter conversas, na maioria das vezes, fúteis e superficiais pelos sites de relacionamentos e softwares de mensagens instantâneas. Só para finalizar e deixar bem claro: não sou contra o acesso a esse tipo de sites e nem aos softwares que citei. Mas o que me deixa pasmo é o fato de algumas pessoas(na maioria jovens, é claro) só usarem esse meio magnífico que é a internet, apenas para esse tipo de coisa. Devemos dosar as coisas. Ninguém precisa ser intelectual, mas curiosidade sobre o mundo em que vivemos é um princípio básico em que todos nós, Homo Sapiens, únicos animais racionais da Terra, deveríamos honrar com unhas e dentes.

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  3. boa eder!
    continue assim cara!
    você está de parabéns!!!
    a cada vez que entro aqui só vejo melhora :D
    visite o meu brother!
    http://mentordigital.blogspot.com/

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