Desde o surgimento do cérebro “sapiens” (a última mutação genética que se adaptou e sobreviveu no ambiente, assim criando nossa espécie), o homem se tornou um ser hiper-complexo, mergulhado em cooperação e antagonismo, competição e solidariedade.
Acreditando em seus sonhos, os sapiens começaram a construir sepulturas e organizar velórios, colocando toda a sua fé em uma ilusão (inerente à paz da subjetividade, pois faz com que o indivíduo se adpte bem ao ambiente em que vive - e é isso que nosso gene quer, que sobrevivamos bem).
Atualmente, através de estudos, sabemos que o sonho não passa de mensagens de nosso cérebro enquanto estamos dormindo - a partir dai, surgem estudos diversos sobre o quanto nossa realidade objetiva e subjetiva o afeta. Mas não há mais a crença, em forma de certeza, que havia na época, de que sejam mensagem sobrenaturais.
Segundo o neurocientista, o grande problema do homem é a utilização de seu raciocínio e razão subjetivamente, através de estímulos, sentimentos e sentidos. Estes não deveriam ser usados para tal, pois não passam da sua percepção limitada às suas experiencias.
Termino este texto compartilhando o pensamento do sociólogo e filósofo Jean Baudrillard:
A realidade abriu-se gigantescamente para esse “ser”, tendo como ponto principal a descoberta da morte. Observando a morte de integrantes do seu grupo, o sapiens percebeu que também estava predestinado ao mesmo. Talvez seja esta a primeira crise considerável do sapiens.
Perdendo a ignorância de algo antes não apreendido, o sapiens não quer suportar a aniquilação do corpo e a escuridão eterna. Assim, rejeita a realidade adquirida e busca enfrentar e solucionar a morte, que se torna um problema em vida.
A desordem cerebral causa o despertar do sonho no sapiens, o que até então não tinha notificações históricas.
Perdendo a ignorância de algo antes não apreendido, o sapiens não quer suportar a aniquilação do corpo e a escuridão eterna. Assim, rejeita a realidade adquirida e busca enfrentar e solucionar a morte, que se torna um problema em vida.
A desordem cerebral causa o despertar do sonho no sapiens, o que até então não tinha notificações históricas.
No sonho do sapiens, seus antepassados apareciam e o confortavam com ideologias de imortalidade e transmortalidade, entre as mais conhecidas o plano espiritual e a reencarnação.
Acreditando em seus sonhos, os sapiens começaram a construir sepulturas e organizar velórios, colocando toda a sua fé em uma ilusão (inerente à paz da subjetividade, pois faz com que o indivíduo se adpte bem ao ambiente em que vive - e é isso que nosso gene quer, que sobrevivamos bem).
Segundo o antropólogo Edgar Morin,
A verdade não é importante para o alívio do “ser sapiens”, o que importava era ter-se uma realidade que a subjetividade do ser pudesse suportar, facilmente uma ilusão aparentemente agradável.
"... tudo indica que o sapiens demens não só recusa essa morte, mas também que a rejeita, que a vence, que a soluciona no rito, espíritos, deuses, mito, e magia..." |
A verdade não é importante para o alívio do “ser sapiens”, o que importava era ter-se uma realidade que a subjetividade do ser pudesse suportar, facilmente uma ilusão aparentemente agradável.
O neurocientista, Dr. Paul McLean, diz que o nosso cérebro é dividido hierarquicamente em três partes:
- a parte do complexo reptiliano (paleocefálica), que controla, basicamente, os instintos de sobrevivência e sexualidade, que são irracionais;
- o sistema límbico (mesocefálica), que controla os estímulos, sentidos e sentimentos, que são subjetivos;
- e o néo-cortex (neocefálica), que controla os raciocínios e a razão, que são objetivos;
Segundo o neurocientista, o grande problema do homem é a utilização de seu raciocínio e razão subjetivamente, através de estímulos, sentimentos e sentidos. Estes não deveriam ser usados para tal, pois não passam da sua percepção limitada às suas experiencias.
Termino este texto compartilhando o pensamento do sociólogo e filósofo Jean Baudrillard:
"...Uma mentira dissimulada [ilusão], pode até parecer feliz para os que não entendem, com certeza mais confortável do que uma verdade triste, mas a verdadeira felicidade é a compreensão da ignorância, a transcendência do erro." |
Eder. É com prazer que vejo o surgimento do seu blog. Especialmente por vir acompanhado de grandes luzes do pensamento mundial como é o caso de Edgar Morim. Parabén, saiba que estarei te lendo.
ResponderExcluirGostei dessa.
ResponderExcluirResumindo: é necessidade humana ter fé em algo, o "ser" precisa acreditar, ter princípios e crenças pra sobreviver - levar a vida.
Talvez por isso, "camuflam" a realidade, tendo sempre algo "além do real" para acreditar - o sobrenatural.
Muito bacana seu blog e os seus textos estão muito bons. Parabéns!! Quando eu crescer quero ser igual a você... hehehe...
ResponderExcluirIsso tudo é só teoria ninguém sabe nda de nda. Tem certas coisas da vida q nunca serão decifradas, exatamente porque foram produzidas para simplesmente viver e ñ para entender. Como já dizia Sócrates... Só sei q nda sei...huahua
obs: Quero ver seu documentário
"Até que a ciência os separe".
ResponderExcluirA ciência limita os arquétipos neoliberais, tanto os individuais e incontestes, como também os coletivos, desconhecidos, quais por serem assim e somente por isso, esses últimos, são adotados pelas culturas como nicho de criação e vislumbramento de doutrinas que longe passam, se passam, pela análise lógica de uma perspectiva histórica e futura da realidade "factual" dessas mesmas culturas.
Parabêns pelo Blog Eder , sei que é só o começo e anseio em ver os frutos futuros!
Acho que ninguém entendeu realmente o texto :P , mas ele é muito bom!
ResponderExcluirMostra o porque criamos as ilusões (fé e crenças em sobrenatural, deuses, etc) e como hoje tais coisas já são desnecessárias, a não ser por aqueles que temem, principalmente a morte. :)
"A verdade não é importante para o alívio do “ser sapiens”"
ResponderExcluirEste estudo é interessantíssimo, porém, a "verdade" é subjetiva.