O princípio da sociedade na história humana foi construído através de uma estrutura macrossocial, onde existia abertura para a exogamia (mais de um parceiro sexual), troca e aliança, e logo o surgimento de uma estrutura microssocial, formada por indivíduo e família.
Na arkhé-sociedade, nome dado ao princípio da sociedade, a utilização de novas técnicas, construção de casas, agricultura e dominação de animais trouxe ao homem a oportunidade de sair do grupo macrossocial, onde dividiam a caverna em grupo buscando proteção e abrigo, caça em grupo (para maior êxito), e mudança com o grupo todo quando as frutas acabavam.
A partir de tecnologias para estabelecer a agricultura, criação de animais e construção de abrigos, nasce o grupo microssocial - a família. Já que, a partir de então, era possível se estabelecer estas principais atividades sozinhos e em lugares fixos.
Também, não havia mais motivos para dividirem a mesma terra, diante da quantidade de espaço que havia livre para qualquer um - o compartilhamento poderia atrapalhar inclusive os ganhos e já não existia nenhum elo de ligação necessário para isso. Desta forma, o homem escolhia sua parceira e mudavam-se para um lugar fixo e particular.
A sociedade começou a ser dividida, a partir de então, por esses grupos microssociais.
A intimidade entre a mulher e o homem foi favorecida pela interferência de experiências originadas ao compartilharem uma vida em comum. Houve o desenvolvimento das relações afetivas interindividuais, a conservação no adulto da aptidão infantil para amar, acentuados, fortificados pela incidência generalizada e da sexualização permanente.
Antes do início dos grupos microssociais, a imagem paterna era completamente desligada do filho. Esta função era preenchida apenas pela imagem materna, que tinha nesta tarefa algo absolutamente solitário.
Mas com o início dos grupos microssociais, a intimidade e a proximidade afetiva homem-mulher aproximou o homem do seu filho. Ainda muito antes da paternidade genética ser reconhecida, a paternidade psicológica viria a esboçar-se.
Esta emerge quando a autoridade protetora e possessiva da classe masculina se individualiza, se torna próxima e íntima da criança, isto é, quando junto da mulher há o homem próximo e íntimo.
Desta forma temos: mãe-filho, marido-mulher e homem-criança, que passa para pai-filho.
A hominização traz ao filho a ambiguidade. O pai é ao mesmo tempo o protetor e o usurpador (que toma para si uma parte da ternura maternal); é, ao mesmo tempo, o sustentáculo e o inimigo (cuja autoridade reprime os desejos infantis). Com isso, o sentido ambíguo do pai ilumina-se sociologicamente: o personagem do pai traz a complexidade, isto é, a contradição interna na microestrutura que se cria, a família.
A "regra" absoluta da família é o amor e a obediência. De acordo com quaisquer valores que sejam e onde estejam, essa ideologia é confirmada e aceita ainda, pela própria ideologia do "status quo" do sapiens pós-moderno atual. Esta "regra" também é estendida à tribo, à etnia, à nação Mãe-Pátria.
Assim, a "Sagrada Família" vem a ser o cimento mítico da sociedade, reflexo das limitações subjetivas ou étnicas do homem.
A família não existe, senão nos arquétipos humanos. O que existe são elos de ligação entre grupos macrossociais e microssociais - é o que unifica o encadeamento da organização social e política.
Na arkhé-sociedade, nome dado ao princípio da sociedade, a utilização de novas técnicas, construção de casas, agricultura e dominação de animais trouxe ao homem a oportunidade de sair do grupo macrossocial, onde dividiam a caverna em grupo buscando proteção e abrigo, caça em grupo (para maior êxito), e mudança com o grupo todo quando as frutas acabavam.
A partir de tecnologias para estabelecer a agricultura, criação de animais e construção de abrigos, nasce o grupo microssocial - a família. Já que, a partir de então, era possível se estabelecer estas principais atividades sozinhos e em lugares fixos.
Também, não havia mais motivos para dividirem a mesma terra, diante da quantidade de espaço que havia livre para qualquer um - o compartilhamento poderia atrapalhar inclusive os ganhos e já não existia nenhum elo de ligação necessário para isso. Desta forma, o homem escolhia sua parceira e mudavam-se para um lugar fixo e particular.
A sociedade começou a ser dividida, a partir de então, por esses grupos microssociais.
A intimidade entre a mulher e o homem foi favorecida pela interferência de experiências originadas ao compartilharem uma vida em comum. Houve o desenvolvimento das relações afetivas interindividuais, a conservação no adulto da aptidão infantil para amar, acentuados, fortificados pela incidência generalizada e da sexualização permanente.
Antes do início dos grupos microssociais, a imagem paterna era completamente desligada do filho. Esta função era preenchida apenas pela imagem materna, que tinha nesta tarefa algo absolutamente solitário.
Mas com o início dos grupos microssociais, a intimidade e a proximidade afetiva homem-mulher aproximou o homem do seu filho. Ainda muito antes da paternidade genética ser reconhecida, a paternidade psicológica viria a esboçar-se.
Esta emerge quando a autoridade protetora e possessiva da classe masculina se individualiza, se torna próxima e íntima da criança, isto é, quando junto da mulher há o homem próximo e íntimo.
Desta forma temos: mãe-filho, marido-mulher e homem-criança, que passa para pai-filho.
A hominização traz ao filho a ambiguidade. O pai é ao mesmo tempo o protetor e o usurpador (que toma para si uma parte da ternura maternal); é, ao mesmo tempo, o sustentáculo e o inimigo (cuja autoridade reprime os desejos infantis). Com isso, o sentido ambíguo do pai ilumina-se sociologicamente: o personagem do pai traz a complexidade, isto é, a contradição interna na microestrutura que se cria, a família.
A "regra" absoluta da família é o amor e a obediência. De acordo com quaisquer valores que sejam e onde estejam, essa ideologia é confirmada e aceita ainda, pela própria ideologia do "status quo" do sapiens pós-moderno atual. Esta "regra" também é estendida à tribo, à etnia, à nação Mãe-Pátria.
Assim, a "Sagrada Família" vem a ser o cimento mítico da sociedade, reflexo das limitações subjetivas ou étnicas do homem.
A família não existe, senão nos arquétipos humanos. O que existe são elos de ligação entre grupos macrossociais e microssociais - é o que unifica o encadeamento da organização social e política.
complexo, mas real.
ResponderExcluirenquanto o homem se organizava em grupos para poder trazer sustentabilidade para que a mulher pudesse cuidar do bebê a sociedade funcionava de uma maneira mais confiável onde ninguém tinha sua existência ameaçada, mas ainda não existia a questão de respeito entra as pessoas. E agora com a sociedade evoluída onde temos conciência dos acontecimentos, criamos mitos como a família, o respeito, a inteligência.
Abraço Edão!
Não mudou muita coisa. A mulher está conquistando seu espaço, mas ainda há essa " tradição" de que o homem tem que ir caçar para sustentar a mulher e os filhos dentro de casa - podemos ver que na maioria dos casos ainda é assim, conhecemos mães que nunca trabalharam. Acho que esse costume tem que ser exterminado.
ResponderExcluirobs: Eder, está ótimo, você só não colocou seu ponto de vista. Seu Blog informa, mas acho importante você mostrar sua visão dos fatos.
Abraços.