Dirigido por Kevin Reynolds. O roteiro do filme tem como base o livro de Alexandre Dumas, O Conde de Monte Cristo".
Superficialmente, o filme conta uma história de vingança, amor e aventura, no entanto o seu contexto, através de experiências cognitivas do protagonista, vai além.
Edmond Dante é o protagonista, um rapaz feliz, que vive em uma cidade pequena, dominada pela Aristocracia da época. Filho do empregado de um Conde, sempre foi tratado como da família pelos nobres, e seu melhor amigo era o filho do patrão de seu pai, com o nome de Fernand Montego.
Fernand sempre quis ser igual a Edmond, pois percebia que apesar de Edmond ser filho de empregado, com condições economicas e educacionais menores, sempre conseguia tudo o que queria - inferiorizando o espírito de Fernand, em sua própria visão.
Já crescidos, Edmond (que era um garoto tolo e ingênuo e não sabia ao menos ler), através de um ato de coragem e bondade contrariando as ordens que lhe foram dadas, ao se arriscar para salvar o capitão do barco onde trabalhava, é promovido.
Fernand fica com um sentimento de raiva ainda maior, do aquele já possuía, e prepara uma armadilha contra Edmond (para que ele seja preso).
A armadilha funciona, e Edmond é preso. O mandam para a prisão Diff, onde, apenas, pessoas escolhidas a dedo, pelos interesses daqueles que detém o poder, eram levadas - uma prisão de inocêntes.
Na prisão Edmond fica isolado e sozinho, recebe comida duas vezes ao dia. De ano em ano, a data de seu carceramento é comemorada através de surras, quase mortais.
Em uma dessas datas comemorativas de aprisionamento, em meio à surra costumeira, Edmond olha para uma frase escrita na parede (por algum prisioneiro anterior), e se agarra à esperaça que ela transmite. O carcereiro e diretor do castelo Diff também a observa e a diz em voz alta:
- Deus lhe trará justiça.
Edmond diz:
- O criador vê tudo, e está em todo lugar.
O diretor do castelo resolve impor o seguinte trato:
- Você pede a ajuda dele, e eu paro (de bater) no momento em que ele aparecer!
Deus não aparece.
Durante os primeiros anos de cárceri, Edmond se sustentava, dia após dia, pela frase de fé riscada na parede. Mas com o passar do tempo a sua fé foi se esgotando, Edmond já havia se acostumado com o novo ambiente - começou a enxergar a realidade em que se encontrava, não era mais necessário negá-la incondicionalmente.
Meses depois, inesperadamente, aparece outro prisioneiro dentro de sua cela, que ao tentar fugir erra o caminho e chega até lá. O prisioneiro se chama Abata Faria, um padre a 11 anos prisioneiro do castelo Diff.
Tornam-se amigos. O padre oferece, segundo o próprio, "a maior das virtudes e presentes para um homem", a Edmond, e em troca impõe ajuda e comprometimento para cavar. Edmond questiona:
E.D. - A minha liberdade?
O padre responde:
P. - Não, a sua liberdade pode lhe ser tirada, eu te ofereço conhecimento.
A negligência torna-se aliada de Edmond.
O Padre ensina-o sobre tudo, economia, política, ideologia, lutas, etc.
Dentre os livros estudados por Edmond, na prisão, dois deles serão usados durante a sua jornada: “O Príncipe”, de Maquiavel, e “A Riqueza das nações”, de Adam Smith.
Edmond, após elevar o seu conhecimento, em anos de estudos intensivos, torna-se outra pessoa. Não mais se reconhece. Agora com condições para refletir, consegue desvendar toda a farsa pela qual foi enganado e aprisionado - é aplaudido pelo padre, mentor e amigo.
Dias após, o padre passa por um grave acidente, após ser soterrado enquanto cavava. Em seu leito de morte, entrega a Edmond um mapa de um tesouro.
Edmond prossegue com o plano do padre de escapar, consegue, e vai atrás de vingança.
Fora do Castelo Diff, Edmond nada e se depara com uma ilha cheia de piratas. O líder (corsário e capitão) dos piratas se dirige a Edmond e diz:
L. - Eu e meus homens, viemos a essa ilha enterrar vivo, um dos nossos que tentou ficar com o ouro roubado só para ele, ao invés de dividir com os companheiros. Por incrível que pareça, um de seus amigos mais leais insiste que eu lhe de o perdão. É claro que não posso fazer, pois logo perderia o controle sobre os outros. Você me dá a chance de dar misericórdia ao Iapopo (traidor), e mesmo assim não parecer fraco. E ainda por cima os rapazes vão ter um pouco de diversão.
L. - Edmond e Iapopo terão de lutar até a morte, e se Iapopo vencer ele terá sua vida de volta ,e se Edmond vencer ele entrará para o bando e não morrerá.
O argumento do capitão se encaixa perfeitamente no livro de Maquiavel que foi citad.
O capitão terá dado a chance de seu homem viver, mesmo se ele não tiver aproveitado a chance.
Eles lutam, e Edmond vence, mas não mata Iapopo, e diz:
-“Deixe Yapopo viver, ele já sofreu bastante, com a possibilidade de ser enterrado vivo, os homens que queriam diversão já tiveram e os que queriam misericórdia também terão, e mantendo a mim e a Yapopo você terá mais um marujo habito e lutar no bando.
E ele concordou com Edmond.
Yapopo jura fidelidade eterna para Edmond, por o que ele fez, e Edmond responde:
“Eu sei” (foi tudo muito bem pensado por Edmond).
Edmond chega a sua cidade natal depois de ficar um tempo com o corsário e os ladrões, e diz para o capitão:
-“Um dia te procurarei, um homem sempre precisa da ajuda de amigos”.
Edmond começa a armar seu plano e Yapopo o acompanha para ajudar.
Encontram o tesouro e planejam a vingança.
Edmond torna-se Conde para conseguir o que quer.
Começa a criar realidades suntuosas, como: festas, roupas, status, assuntos, etc.
Começa arruinando, um por um, dos que o traíram, e faz isso com enorme prazer e sede de vingança. Ele procura o seu amigo, capital e corsário, e lhe pede ajuda para criar uma imagem de herói para o filho de Fernand, para poder se aproximar.
Após conseguir se aproximar em um momento, é bom eu destacar um momento na mesa em uma festa, que Edmond dá um discurso:
-“A vida é uma tormenta, você se aquece no sol um momento, e é jogado nas rochas noutro. O que faz de você um “homem”, é a sua reação quando vem a tormenta”.
Durante os acontecimentos, ele vive um momento de romance e ódio com o seu eterno amor. Yapopo tenta ajudar Edmond(que fica furioso) por enxergar que ele está fora de si e iria acabar se enterrando junto com sua vingança, e diz:
-“ Eu vou protegê-lo mesmo que seja de si mesmo”
Resumidamente, Edmond que era chamado desde que se tornou Conde, como: “O Conde de Monte Cristo” vai criando realidades e destruindo, um por um, seus inimigos com astúcia e crueldade.
Outro fato que também deve ser destacado é a vingança de Edmond sobre Vileford, que foi o juiz que o condenou cruelmente e ainda sabendo de sua inocência.
Edmond prova a culpa de Vileford e o manda para a prisão. Ao Vileford entrar na carruagem que o levaria para a prisão, Edmond manda uma cortesia...uma arma (que supostamente era para o Vileford se matar), Vileford atira dentro de sua própria boca, porém a arma não tem balas, e Edmond aparece e diz:
-“Achou que seria tão fácil?”
Edmond consegue a vingança com todos, mas ainda não termina com o Fernand (o principal traidor e antigo melhor amigo).
Ele arruína os negócios, a família e a reputação de Fernand e se encontra com ele em um lugar afastado.
Yapopo diz para Edmond:
-“Nunca pare o que começou até terminar”
Apenas no lugar afastado em que “O Conde de Monte Cristo” faz com que Fernand esteja, é que ele percebe que o Conde de Monte Cristo é na verdade o seu antigo amigo Edmond.
Edmond fala:
“Como eu escapei? Com dificuldade. Como planejei este momento? Com prazer.”
É uma vingança pela vida que Fernand roubou de Edmond.
Edmond luta com Fernand e vence, após dar o golpe que proporcionaria a morte de seu amigo traidor, Fernand pergunta para Edmond:
-“O que houve com o perdão?”
E Edmond responde:
“Sou Conde, não santo”
Três meses após o incidente, Edmond se encontra em um penhasco para refletir e olha para os céus e diz:
-“ Você estava certo padre, certo mesmo. Mas uma coisa eu lhe prometo e a Deus (neste momento em que ele volta a estar confortável e feliz com tudo, a crença em Deus dele renasce), tudo o que foi usado para vingança, agora será usado para o bem.”
Ele disse isso, pois certa vez o padre disse pra ele:
“ Não cometa o pecado pelo qual você cumpre sentença.”
E o filme termina com a mesma frase que estava na parede da cela onde Edmond estava preso:
“GOD WILL GIVE ME JUSTICE” – “DEUS ME TRARÁ JUSTIÇA”
ANÁLISE DE CONCLUSÃO
Tem azar que se torna sorte (porem talvez não valha a pena), a entropia faz o homem evoluir e apenas o “ser” sozinho.
A ignorância é a maior prisão que existe, é a prisão Maquiavélica, a qual, não possui grades. A ilusão dissimula o triste com a felicidade, e a verdade com o falso. É o crime perfeito, simulacro ou ainda, realidade integral, a qual o filósofo Jean Baudrillard estuda. De acordo com Guy Debord é o espetáculo. O filosofo da mente David Chalmers chama de ausência de consciência, o zumbi. Ou ainda o neurocientista, McLean, que diz que é utilizar nosso cérebro de maneira errada.
Edmond possuía a liberdade de ir e vir no mundo, porém ele estava preso na ignorância, a qual ele não conseguia perceber – por isso é a pior prisão que existe.
Porem quando ele foi preso, acabou conhecendo Abada de Faria, que se tornou seu amigo e abriu-o as grades da ignorância e o libertou para a sabedoria. Ou seja, ele continuava preso entre paredes, porém ele conseguiu a verdadeira liberdade, e esta que ninguém poderá roubar dele: o conhecimento.
Sobre Deus é nítido perceber que Edmond apenas acreditou nele cegamente enquanto preso na sua ignorância. Durante o, sofrimento e conhecimento, começou a realmente pensar e não acreditar (já que não viu resultados e nem ajuda, e realmente não teve).
No final do filme percebo que Edmond volta talvez a ter uma crença mínima, mas apenas por desejo e comodidade e não por esperar nada em troca.
A minha conclusão é a seguinte sobre a frase do final:
“Deus me trará justiça” – a sorte trouxe justiça (pois foi o erro do padre, em sua fuga que, o trouxe na cela de Edmond e ele reconhece isso), o conhecimento trouxe a verdadeira sorte (o conhecimento do padre em fugas e o conhecimento que ele passou para Edmond), porém não foi através de sorte que se deu a justiça e sim através do conhecimento, ou seja, o conhecimento trouxe a justiça (pois através dele é que Edmond conseguiu a vingança). No Maximo Deus trará sorte (do padre errar o caminho). Porém a sorte foi o azar (pois o padre errou o caminho e acabou morrendo sem conseguir escapar)... Então, no máximo Deus trará o azar (fazendo com que Edmond fosse preso).
Sendo assim, dependerá de como reagiremos de acordo com o azar, para termos sorte, ou seja, depende tudo de nós mesmos. Nós fazemos o nosso destino.
E se somos nós quem esculpimos o nosso destino sozinhos, Deus não existe, já que a função dele é estar presente de alguma forma (isso é o mínimo que uma crença religiosa prega, o qual, Daniel Dennett, estudioso do assunto diz... onde um Deus, para ser Deus, tem que ter poderes). Então também chegamos a uma conclusão, de que Deus só poderia existir, quando não estamos com problemas consideráveis (conforto na vida) e o nosso problema principal seja a morte (Edmond não estava se preocupando com a morte e sim com a terrível vida que estava tendo na cela, tanto que tentou até se matar, mas não conseguiu ter êxito) - só tememos a morte (já que é uma evidência que todos iremos morrer). E para essa premissa, ou até falácia, só podemos duvidar do que dizem de Deus quando morrermos. Resumindo, Deus é um conceito pelo qual nós medimos nossa dor, e apenas isso. Um conceito.
O filme “O Conde de Monte Cristo” mostra que o nosso destino como seres terrestres e humanos, somos nós que o fazemos, independentemente se vão ou não nos fazer justiça, como o padre disse em uma frase:
-“ Deus disse que a justiça é dele.”
A verdade é que a justiça é a que menos importa em meio a uma maioria de pessoas que vivem em suas prisões sem grades, felizes com a experimentação de desejos sempre banais e intermináveis.
Superficialmente, o filme conta uma história de vingança, amor e aventura, no entanto o seu contexto, através de experiências cognitivas do protagonista, vai além.
Edmond Dante é o protagonista, um rapaz feliz, que vive em uma cidade pequena, dominada pela Aristocracia da época. Filho do empregado de um Conde, sempre foi tratado como da família pelos nobres, e seu melhor amigo era o filho do patrão de seu pai, com o nome de Fernand Montego.
Fernand sempre quis ser igual a Edmond, pois percebia que apesar de Edmond ser filho de empregado, com condições economicas e educacionais menores, sempre conseguia tudo o que queria - inferiorizando o espírito de Fernand, em sua própria visão.
Já crescidos, Edmond (que era um garoto tolo e ingênuo e não sabia ao menos ler), através de um ato de coragem e bondade contrariando as ordens que lhe foram dadas, ao se arriscar para salvar o capitão do barco onde trabalhava, é promovido.
Fernand fica com um sentimento de raiva ainda maior, do aquele já possuía, e prepara uma armadilha contra Edmond (para que ele seja preso).
A armadilha funciona, e Edmond é preso. O mandam para a prisão Diff, onde, apenas, pessoas escolhidas a dedo, pelos interesses daqueles que detém o poder, eram levadas - uma prisão de inocêntes.
Na prisão Edmond fica isolado e sozinho, recebe comida duas vezes ao dia. De ano em ano, a data de seu carceramento é comemorada através de surras, quase mortais.
Em uma dessas datas comemorativas de aprisionamento, em meio à surra costumeira, Edmond olha para uma frase escrita na parede (por algum prisioneiro anterior), e se agarra à esperaça que ela transmite. O carcereiro e diretor do castelo Diff também a observa e a diz em voz alta:
- Deus lhe trará justiça.
Edmond diz:
- O criador vê tudo, e está em todo lugar.
O diretor do castelo resolve impor o seguinte trato:
- Você pede a ajuda dele, e eu paro (de bater) no momento em que ele aparecer!
Deus não aparece.
Durante os primeiros anos de cárceri, Edmond se sustentava, dia após dia, pela frase de fé riscada na parede. Mas com o passar do tempo a sua fé foi se esgotando, Edmond já havia se acostumado com o novo ambiente - começou a enxergar a realidade em que se encontrava, não era mais necessário negá-la incondicionalmente.
Meses depois, inesperadamente, aparece outro prisioneiro dentro de sua cela, que ao tentar fugir erra o caminho e chega até lá. O prisioneiro se chama Abata Faria, um padre a 11 anos prisioneiro do castelo Diff.
Tornam-se amigos. O padre oferece, segundo o próprio, "a maior das virtudes e presentes para um homem", a Edmond, e em troca impõe ajuda e comprometimento para cavar. Edmond questiona:
E.D. - A minha liberdade?
O padre responde:
P. - Não, a sua liberdade pode lhe ser tirada, eu te ofereço conhecimento.
A negligência torna-se aliada de Edmond.
O Padre ensina-o sobre tudo, economia, política, ideologia, lutas, etc.
Dentre os livros estudados por Edmond, na prisão, dois deles serão usados durante a sua jornada: “O Príncipe”, de Maquiavel, e “A Riqueza das nações”, de Adam Smith.
Edmond, após elevar o seu conhecimento, em anos de estudos intensivos, torna-se outra pessoa. Não mais se reconhece. Agora com condições para refletir, consegue desvendar toda a farsa pela qual foi enganado e aprisionado - é aplaudido pelo padre, mentor e amigo.
Dias após, o padre passa por um grave acidente, após ser soterrado enquanto cavava. Em seu leito de morte, entrega a Edmond um mapa de um tesouro.
Edmond prossegue com o plano do padre de escapar, consegue, e vai atrás de vingança.
Fora do Castelo Diff, Edmond nada e se depara com uma ilha cheia de piratas. O líder (corsário e capitão) dos piratas se dirige a Edmond e diz:
L. - Eu e meus homens, viemos a essa ilha enterrar vivo, um dos nossos que tentou ficar com o ouro roubado só para ele, ao invés de dividir com os companheiros. Por incrível que pareça, um de seus amigos mais leais insiste que eu lhe de o perdão. É claro que não posso fazer, pois logo perderia o controle sobre os outros. Você me dá a chance de dar misericórdia ao Iapopo (traidor), e mesmo assim não parecer fraco. E ainda por cima os rapazes vão ter um pouco de diversão.
L. - Edmond e Iapopo terão de lutar até a morte, e se Iapopo vencer ele terá sua vida de volta ,e se Edmond vencer ele entrará para o bando e não morrerá.
O argumento do capitão se encaixa perfeitamente no livro de Maquiavel que foi citad.
O capitão terá dado a chance de seu homem viver, mesmo se ele não tiver aproveitado a chance.
Eles lutam, e Edmond vence, mas não mata Iapopo, e diz:
-“Deixe Yapopo viver, ele já sofreu bastante, com a possibilidade de ser enterrado vivo, os homens que queriam diversão já tiveram e os que queriam misericórdia também terão, e mantendo a mim e a Yapopo você terá mais um marujo habito e lutar no bando.
E ele concordou com Edmond.
Yapopo jura fidelidade eterna para Edmond, por o que ele fez, e Edmond responde:
“Eu sei” (foi tudo muito bem pensado por Edmond).
Edmond chega a sua cidade natal depois de ficar um tempo com o corsário e os ladrões, e diz para o capitão:
-“Um dia te procurarei, um homem sempre precisa da ajuda de amigos”.
Edmond começa a armar seu plano e Yapopo o acompanha para ajudar.
Encontram o tesouro e planejam a vingança.
Edmond torna-se Conde para conseguir o que quer.
Começa a criar realidades suntuosas, como: festas, roupas, status, assuntos, etc.
Começa arruinando, um por um, dos que o traíram, e faz isso com enorme prazer e sede de vingança. Ele procura o seu amigo, capital e corsário, e lhe pede ajuda para criar uma imagem de herói para o filho de Fernand, para poder se aproximar.
Após conseguir se aproximar em um momento, é bom eu destacar um momento na mesa em uma festa, que Edmond dá um discurso:
-“A vida é uma tormenta, você se aquece no sol um momento, e é jogado nas rochas noutro. O que faz de você um “homem”, é a sua reação quando vem a tormenta”.
Durante os acontecimentos, ele vive um momento de romance e ódio com o seu eterno amor. Yapopo tenta ajudar Edmond(que fica furioso) por enxergar que ele está fora de si e iria acabar se enterrando junto com sua vingança, e diz:
-“ Eu vou protegê-lo mesmo que seja de si mesmo”
Resumidamente, Edmond que era chamado desde que se tornou Conde, como: “O Conde de Monte Cristo” vai criando realidades e destruindo, um por um, seus inimigos com astúcia e crueldade.
Outro fato que também deve ser destacado é a vingança de Edmond sobre Vileford, que foi o juiz que o condenou cruelmente e ainda sabendo de sua inocência.
Edmond prova a culpa de Vileford e o manda para a prisão. Ao Vileford entrar na carruagem que o levaria para a prisão, Edmond manda uma cortesia...uma arma (que supostamente era para o Vileford se matar), Vileford atira dentro de sua própria boca, porém a arma não tem balas, e Edmond aparece e diz:
-“Achou que seria tão fácil?”
Edmond consegue a vingança com todos, mas ainda não termina com o Fernand (o principal traidor e antigo melhor amigo).
Ele arruína os negócios, a família e a reputação de Fernand e se encontra com ele em um lugar afastado.
Yapopo diz para Edmond:
-“Nunca pare o que começou até terminar”
Apenas no lugar afastado em que “O Conde de Monte Cristo” faz com que Fernand esteja, é que ele percebe que o Conde de Monte Cristo é na verdade o seu antigo amigo Edmond.
Edmond fala:
“Como eu escapei? Com dificuldade. Como planejei este momento? Com prazer.”
É uma vingança pela vida que Fernand roubou de Edmond.
Edmond luta com Fernand e vence, após dar o golpe que proporcionaria a morte de seu amigo traidor, Fernand pergunta para Edmond:
-“O que houve com o perdão?”
E Edmond responde:
“Sou Conde, não santo”
Três meses após o incidente, Edmond se encontra em um penhasco para refletir e olha para os céus e diz:
-“ Você estava certo padre, certo mesmo. Mas uma coisa eu lhe prometo e a Deus (neste momento em que ele volta a estar confortável e feliz com tudo, a crença em Deus dele renasce), tudo o que foi usado para vingança, agora será usado para o bem.”
Ele disse isso, pois certa vez o padre disse pra ele:
“ Não cometa o pecado pelo qual você cumpre sentença.”
E o filme termina com a mesma frase que estava na parede da cela onde Edmond estava preso:
“GOD WILL GIVE ME JUSTICE” – “DEUS ME TRARÁ JUSTIÇA”
ANÁLISE DE CONCLUSÃO
Tem azar que se torna sorte (porem talvez não valha a pena), a entropia faz o homem evoluir e apenas o “ser” sozinho.
A ignorância é a maior prisão que existe, é a prisão Maquiavélica, a qual, não possui grades. A ilusão dissimula o triste com a felicidade, e a verdade com o falso. É o crime perfeito, simulacro ou ainda, realidade integral, a qual o filósofo Jean Baudrillard estuda. De acordo com Guy Debord é o espetáculo. O filosofo da mente David Chalmers chama de ausência de consciência, o zumbi. Ou ainda o neurocientista, McLean, que diz que é utilizar nosso cérebro de maneira errada.
Edmond possuía a liberdade de ir e vir no mundo, porém ele estava preso na ignorância, a qual ele não conseguia perceber – por isso é a pior prisão que existe.
Porem quando ele foi preso, acabou conhecendo Abada de Faria, que se tornou seu amigo e abriu-o as grades da ignorância e o libertou para a sabedoria. Ou seja, ele continuava preso entre paredes, porém ele conseguiu a verdadeira liberdade, e esta que ninguém poderá roubar dele: o conhecimento.
Sobre Deus é nítido perceber que Edmond apenas acreditou nele cegamente enquanto preso na sua ignorância. Durante o, sofrimento e conhecimento, começou a realmente pensar e não acreditar (já que não viu resultados e nem ajuda, e realmente não teve).
No final do filme percebo que Edmond volta talvez a ter uma crença mínima, mas apenas por desejo e comodidade e não por esperar nada em troca.
A minha conclusão é a seguinte sobre a frase do final:
“Deus me trará justiça” – a sorte trouxe justiça (pois foi o erro do padre, em sua fuga que, o trouxe na cela de Edmond e ele reconhece isso), o conhecimento trouxe a verdadeira sorte (o conhecimento do padre em fugas e o conhecimento que ele passou para Edmond), porém não foi através de sorte que se deu a justiça e sim através do conhecimento, ou seja, o conhecimento trouxe a justiça (pois através dele é que Edmond conseguiu a vingança). No Maximo Deus trará sorte (do padre errar o caminho). Porém a sorte foi o azar (pois o padre errou o caminho e acabou morrendo sem conseguir escapar)... Então, no máximo Deus trará o azar (fazendo com que Edmond fosse preso).
Sendo assim, dependerá de como reagiremos de acordo com o azar, para termos sorte, ou seja, depende tudo de nós mesmos. Nós fazemos o nosso destino.
E se somos nós quem esculpimos o nosso destino sozinhos, Deus não existe, já que a função dele é estar presente de alguma forma (isso é o mínimo que uma crença religiosa prega, o qual, Daniel Dennett, estudioso do assunto diz... onde um Deus, para ser Deus, tem que ter poderes). Então também chegamos a uma conclusão, de que Deus só poderia existir, quando não estamos com problemas consideráveis (conforto na vida) e o nosso problema principal seja a morte (Edmond não estava se preocupando com a morte e sim com a terrível vida que estava tendo na cela, tanto que tentou até se matar, mas não conseguiu ter êxito) - só tememos a morte (já que é uma evidência que todos iremos morrer). E para essa premissa, ou até falácia, só podemos duvidar do que dizem de Deus quando morrermos. Resumindo, Deus é um conceito pelo qual nós medimos nossa dor, e apenas isso. Um conceito.
O filme “O Conde de Monte Cristo” mostra que o nosso destino como seres terrestres e humanos, somos nós que o fazemos, independentemente se vão ou não nos fazer justiça, como o padre disse em uma frase:
-“ Deus disse que a justiça é dele.”
A verdade é que a justiça é a que menos importa em meio a uma maioria de pessoas que vivem em suas prisões sem grades, felizes com a experimentação de desejos sempre banais e intermináveis.
Um dos melhores livros q eu li!!!
ResponderExcluir...
Bom, a própria pessoa talha seu destino, fato!
Muito bom o texto cara... gostei!
O melhor filme que já assisti em toda minha vida e o texto é magnífico...Tenho muityas curiosidades sobre o castelo diff.Parabéns
ResponderExcluirAdriano Marques
Brasília - DF
filme nota 10
ResponderExcluirSe não fosse Deus que tivesse dado a ele o dom de aprender? Como seria? por quê vocês desprezam Deus? O que Ele fez de mau pra vocês? Lave sua boca antes de falar de Deus, porque se não fosse Ele, a essas horas você estaria morto!
ResponderExcluirWallace, os fatos não comprovam se deu existe ou não existe. O que se fala, porém, é de uma de várias interpretação desses fatos. Dê aos outros o direito de chegarem às suas próprias conclusões, assim como você deve ter o direito de acreditar nas suas!
ExcluirO texto está bem escrito. Parabéns ao autor!
Impressiona como a língua portuguesa é maltratada! Mal usada! Regência, concordância.... nem se sabe o que significam!
ResponderExcluirFernando Pessoa diz: A minha Pátria é a minha língua.
Sensacional seu texto vou ler este livro.
ResponderExcluirUal! Apenas. Estou fazendo um trabalho sobre Consciência e Liberdade para uma disciplina de Ética e eu sempre quis escrever algo sobre essa adaptação cinematográfica de O Conde de Monte Cristo, que em minha opinião é a melhor de todas. Contudo, nada poderá superar essa sua conclusão genial. Agradeço imensamente por compartilhá-la.
ResponderExcluir"Dependerá de como reagiremos de acordo com o azar, para termos sorte, ou seja, depende tudo de nós mesmos. Nós fazemos o nosso destino." < Essa frase é simplesmente fantástica!! Amei, amei, amei.
Obrigada.