quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Escola Evolucionista Progressista - Democracia Digital







Há muito tempo o computador é visto como um instrumento revolucionário de transformação social e cultural. No século XX, o mundo da informação passou por importantes transformações que mudaram completamente a forma de se buscar e transmitir informações. A criação de aparelhos como o rádio e a televisão abriu um prisma de conhecimento àqueles que não possuíam acesso aos livros, fontes de informação que eram, até então, apenas acessíveis à burguesia.

Com o passar do tempo, assistimos a chegada do mundo digital e toda sua tecnologia, o que mudou de vez a força de aprender, ensinar, ler, pesquisar e propagar informação, arte, cultura e etc. O Mundo Digital (computadores, internet, sistemas digitais) nos permitiu chegar a lugares até então inexplorados, conhecendo culturas distantes, costumes, tradições, e principalmente ter acesso e poder desfrutar de todo tipo de material cultural compartilhado livremente entre as pessoas que trocam informações, conhecimento, idéias, projetos, pesquisas e uma infinidade de outros interesses, gerando assim a Democracia digital. 

Onde todo conhecimento é livre, há todo tipo de informação, conhecimento de vários assuntos e uma troca de matérias e obras. E há ainda, a participação do usuário da internet, que pode também produzir conteúdo, para ser disponibilizado e trocado.


A contracultura

A contracultura se responsabilizou por trazer o computador do plano industrial-militar para o plano do uso pessoal, quebrando o monopólio da IBM na área da computação.
A verdade é que, naquela época, a contracultura passou a ser vista, no computador, como um instrumento revolucionário de transformação social e cultural. Podemos falar até mesmo de uma espécie de contraculturalismo eletrônico, onde se inclui um livro como "Computer Lib" de Ted Nelson. A supracitada vitória contra a centralização tecnológica em mãos da IBM se deu nesse contexto. Foi uma conquista da cidadania. E foi também nesse contexto impregnado de “utopismo contracultural” que surgiu o "Apple", o modelo por excelência do computador pessoal.

O que vemos hoje no mundo, na dimensão informática, digital, tem o seu ponto de partida no movimento libertário da contracultura. O software livre será básico, fundamental, para que tenhamos liberdade e autonomia no mundo digital do século XXI. É condição de qualquer projeto verdadeiramente democrático de Inclusão Digital.

Não podemos nos contentar em sermos eternos pagadores de royalties a proprietários de linguagens e padrões fechados. Será permitida a inclusão massiva das pessoas e o desenvolvimento de pequenas empresas brasileiras, das nossas futuras "soft houses", gerando empregos para milhares e milhares de técnicos.

Por tudo isso, segundo dados, o Ministério da Cultura do Governo Lula pensa que o Brasil deve se preparar, concretamente, para se tornar um pólo do software livre no mundo. Este é o caminho para o domínio inteiro da cultura digital. Este é o caminho para a inclusão de todos os brasileiros no universo cultural contemporâneo.

Com isso, a Democracia digital no Brasil vem se tornando uma realidade cada vez maior nos lares e escolas, o qual, cada vez mais os vários setores da sociedade se conectam à internet, assim tendo contato com o conhecimento que, na maioria das vezes, nunca havia chegado até eles. O conhecimento deixa de se tornar algo de posse de apenas uma parte da sociedade, tornando-se um patrimônio de todos que por ele se interessam. 

Isso era exatamente o que acreditam os teóricos da Escola Evolucionista Progressista, entre os principais: Daniel Bells, Alan Swingewood e Alvin Toffler, que defendem a cultura de massa democrática e pluralista, e que o acesso à cultura ajuda a elevar o padrão cultural da massa, permitindo assim que ela participe da política e do desenvolvimento da sociedade.

A sociedade não alfabetizada funde mito e história, não possuindo informações o suficiente, já que a comunicação é feita estritamente oral, porém com a inclusão social digital, as pessoas vão poder ter acesso a uma galáxia de informação e não somente um lado da moeda.
Isso representa um processo inevitável e revolucionário.

A tecnologia e seu conteúdo interagindo com o receptor, fazendo com que ele deixe de ser aquela massa passiva que só recebia determinado tipo de informação, e por muitas vezes, sendo “manipulado”. Também podemos divulgar nossa cultura através de vídeos, fotos, textos e uma infinidade de outras maneiras. Logo vemos que realmente se trata de uma revolução, que inclusive pode ajudar a melhorar e muito o tão precário quadro da educação no Brasil.

Voltando à democracia digital, mesmo sendo uma realidade para muitos brasileiros, há outra parte da sociedade que ainda não possui o acesso à internet. Sendo assim não possuem acesso a todo o seu conteúdo, incluindo livros e apostilas on-line. Ainda não podemos dizer que o Brasil é um país aonde se tem presente uma forte democracia digital, porém os números nos mostram que os brasileiros caminham cada vez mais para a democratização do conhecimento através de programas de inclusão digital, refletido no aumento do numero de famílias que já acessam diariamente a internet.

Então cabe a nós não apenas assistir, mas sim participar ativamente deste processo que revoluciona a cada minuto. Não só o lugar em que nós vivemos, como todo o mundo, que graças à tecnologia virou uma grande aldeia global, onde cada vez mais somos partes da mesma massa, sem dominados, sem dominadores, mas livres, com acesso à verdade, com democracia e, principalmente, com o conhecimento que liberta.

Um comentário:

  1. A escola evolucionista progressista com a inclusão da democracia digital, possibitou o indivíduo a ter um papel fundamental de escolha, ou seja ele passa ser ativo.

    Mc Luhan já dizia que a velocidade dos meios acabaria com a qualidade da informação ou mensagem...
    o que você tem a dizer a respeito dos conceitos do Mc Luhan?
    Parabéns pelo contexto do blog

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