Nesta quarta-feira, dia 14 de julho de 2010, o Estatuto da Criança e do Adolescente comemora o 20º aniversário. E de forma nada menos memorável o Governo envia para o Congresso a proposta da lei contra Palmadas em crianças e adolescentes para ser aprovada. Poderá ser crime qualquer tipo de "palmadinha", beliscão, chinelada, cintada, ou o que quer que seja.
O promotor da Infância e Juventude de São José do Rio Preto, Cláudio Santos de Morais, (que mereceu estampar a foto do meu texto) afirmou ser contrário à aprovação do Presidente e considera desnecessária a Lei. O promotor ainda compartilha da velha e antiga "educação" do castigo físico aos filhos.
Conheço o promotor já de outras viagens. A escola onde estudei acabou me levando algumas vezes à sua sala de trabalho. O famoso bullying e a disputa por respeito, paz e justiça que me era roubada por algumas gangues durante todo o percurso de 11 anos que estudei no colégio Míziara, era visto e julgado com vista grossa.
As autoridades temiam o perigo dos marginais que aplicavam a violência, e ao mesmo tempo viam como natureza comum de uma escola do Estado.
Não importa quantas brigas, humilhações, violencia verbal e sangue era visto dentro da escola - nada era feito e nada foi feito. E o mais espantoso para mim é que tudo parecia tão natural na cabeça das crianças e adolescentes, e ainda é assim na cabeça dos pais.
O promotor me advertiu com dias sem poder ir na escola, diante minhas críticas e busca pela sobrevivência.
Já agora, depois da entrevista que deu para o jornal matinal da Tv Tem, não há mais nada para se esperar. Tudo se encaixa. É compreensível o modo como o promotor agiu durante minha infância escolar. Pra ele é tudo natural. Palmadas são naturais, ou seja, a educação nunca esteve nos professores, livros, na conversa (ele nunca entende nada sobre isto), mas sim na autoridade - seja ela qual for.
Nas palavras do promotor Claudio Santos de Morais: "Esta lei tira a autoridade dos pais, as crianças vão se ver no direito de não sofrer nenhuma castigo físico e assim vão se tornar crianças mais mimadas".
Parabéns ao Presidente por perceber que bater não educa, mas causa medo e traumas. É de forma semelhante que regimes políticos fechados domam seu povo e controlam o seu poder. Tanto para o regime autoritário, quanto para estes tipos de educadores através da violencia, a única coisa que importa é que sigam as regras e "verdades'' impostas. A compreensão não importa, talvez pela razão de não existir - é apenas a vontade dos pais.
Domar é o oposto de amar.
Obrigado Lula.
É um absurdo mesmo que ainda tem gente que acha que ter autoridade se consegue apenas através de palmadas.
ResponderExcluirPais coerentes e que cumprem combinados ensinam seus filhos a assim serem também, não é preciso intimidar a criança pra que ela seja educada!
Apoio essa lei ..educação não é sinonimo de agressão qual seja fisica ou psicologica.Educar é amar.Meu ex marido dá tapa no rosto de meu filho de 8 anos e diz que educa ..que cidadão ele quer formar?
ResponderExcluirVelho tá lá no meu Blog http://draft.blogger.com/post-create.g?blogID=2475140583074396386
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