Neste último final de semana, estava assistindo a um filme chamado Macunaíma, que surgiu de um livro crítico de uma sociedade que esteve condicionada a valores europeus, e se voltava contra seu próprio povo de origem. Me lembrou muito o pintor riopretense profeta das cores, sobre quem escrevi um tempo atrás neste blog.
Em Macunaíma é expressada a contradição violenta entre duas culturas: a primitiva (ameríndia e africana) e a latina (de herança cultural européia), que formam a base da cultura brasileira. A cultura antropofágica e o modelo europeu em um embate, onde o modelo europeu afirma a falta de civilidade do antropófago, enquanto o filme busca restaurar exatamente o contrário, a civilização arcaica do progresso.
Macunaíma representa o modelo primitivo, em uma imagem selvagem. A sua trajetória artística indica que há uma coerência na loucura antropofágica - e sentido em seu não-senso.
O termo antropofágico é usado para expressar uma figura selvagem e solitária. Que é realmente o que o filme mostra.
O filme é repleto de críticas aos valores burgueses e hegemônicos que se implementaram no Brasil.
Valores como brancos serem melhores que negros (Macunaíma vira branco, e vira lindo) e que velhos não serviriam mais. Só a imagem do branco e jovem é valorizada, ainda mais se for rico. E infelizmente ainda encontra-se uma grande parte da sociedade que compartilha deste condicionamento social na mente dos cidadãos brasileiros.
O filme critica o homem do progresso da cidade, onde Macunaíma não sabia mais quem era máquina e quem era gente. Na cidade as máquinas faziam o trabalho do homem e o homem agia como uma máquina. O homem totalmente programado diante de valores sociais ultrapassados e eliminando seus próprios “irmãos” em troca de máquinas. Assim conseguindo mais dinheiro. Pra que?
O empresário rico, homem de negócios, empresário que diz não ter tempo para pensar, com um ar de honra dentro de sua própria percepção de mundo. Que só compra máquinas de primeira, norte-americanas. Afirma comer tudo cru e sem dúvida come cru qualquer conhecimento, por não ter tempo para fazer algo além de ganhar dinheiro e esquecer-se de viver.
O personagem de Macunaíma e o filme proclamam contra todas as "catequeses", todos os importadores de consciência enlatada das elites vegetais, a verdade dos povos missionários, a realidade social, vestida e opressora. O esquecimento de conquistas interiores em troca de um mundo pré-objetivado. Que tona o indivíduo uma vítima do sistema.
Toda essa fixação pelo progresso por meio de catálogos e aparelhos de televisão. Só maquinaria. E todos os valores aglomerados, a inveja, a usura, a calúnia, o assassinato implementados pelas catequeses do cristianismo como pecados que são identificados por Freud. Todos estes valores sem sentido, nesta vida sem sentido humana, são divertida e seriamente criticados. A pergunta que fica é:
Onde estão as pessoas de verdade?
Em Macunaíma é expressada a contradição violenta entre duas culturas: a primitiva (ameríndia e africana) e a latina (de herança cultural européia), que formam a base da cultura brasileira. A cultura antropofágica e o modelo europeu em um embate, onde o modelo europeu afirma a falta de civilidade do antropófago, enquanto o filme busca restaurar exatamente o contrário, a civilização arcaica do progresso.
Macunaíma representa o modelo primitivo, em uma imagem selvagem. A sua trajetória artística indica que há uma coerência na loucura antropofágica - e sentido em seu não-senso.
O termo antropofágico é usado para expressar uma figura selvagem e solitária. Que é realmente o que o filme mostra.
O filme é repleto de críticas aos valores burgueses e hegemônicos que se implementaram no Brasil.
Valores como brancos serem melhores que negros (Macunaíma vira branco, e vira lindo) e que velhos não serviriam mais. Só a imagem do branco e jovem é valorizada, ainda mais se for rico. E infelizmente ainda encontra-se uma grande parte da sociedade que compartilha deste condicionamento social na mente dos cidadãos brasileiros.
O filme critica o homem do progresso da cidade, onde Macunaíma não sabia mais quem era máquina e quem era gente. Na cidade as máquinas faziam o trabalho do homem e o homem agia como uma máquina. O homem totalmente programado diante de valores sociais ultrapassados e eliminando seus próprios “irmãos” em troca de máquinas. Assim conseguindo mais dinheiro. Pra que?
O empresário rico, homem de negócios, empresário que diz não ter tempo para pensar, com um ar de honra dentro de sua própria percepção de mundo. Que só compra máquinas de primeira, norte-americanas. Afirma comer tudo cru e sem dúvida come cru qualquer conhecimento, por não ter tempo para fazer algo além de ganhar dinheiro e esquecer-se de viver.
O personagem de Macunaíma e o filme proclamam contra todas as "catequeses", todos os importadores de consciência enlatada das elites vegetais, a verdade dos povos missionários, a realidade social, vestida e opressora. O esquecimento de conquistas interiores em troca de um mundo pré-objetivado. Que tona o indivíduo uma vítima do sistema.
Toda essa fixação pelo progresso por meio de catálogos e aparelhos de televisão. Só maquinaria. E todos os valores aglomerados, a inveja, a usura, a calúnia, o assassinato implementados pelas catequeses do cristianismo como pecados que são identificados por Freud. Todos estes valores sem sentido, nesta vida sem sentido humana, são divertida e seriamente criticados. A pergunta que fica é:
Onde estão as pessoas de verdade?
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