quarta-feira, 21 de outubro de 2009

EDUCAÇÃO É COISA DO PASSADO



“O aprendizado pode ser uma gaiola ou dar asas”

Escola, igreja, família – educação. Estes conceitos estão ultrapassados, e mais do que nunca estou em busca de enterrá-los. Neste dia 21, de Outubro de 2009, o que existe são apenas ideias mortas que insistem em sobreviver. A própria Cultura já não mais se suporta diante da contradição que existe na tamanha quantidade de informação apontando a nulidade do ensino e os meios ultrapassados de educação nas escolas. Diria ainda que a palavra educar deveria ser extinta e criar-se outra palavra para o que realmente deveria ser feito, inicialmente, às crianças.


Um conhecimento multidimensional (onde um assunto é abordado em diversos pontos de vistas diferentes) é interessante. Transmissão de conhecimento e cultura, claramente, sem nenhuma verdade estabelecida, e que seja dito que a nossa percepção naturalmente (biologicamente) nos prende à verdades pessoais – para que se crie condições para o aluno combater a sua própria ignorância.


A palavra educação naturalmente esta ligada à confiança plena nos pais, a uma crença de que as crenças religiosas são importantes, e a de que a escola é um lugar aprendizado e sabedoria – NADA DISSO O É.


Imagine... uma escola sem provas e obviamente sem processo de reprovação, onde o aluno é responsável pelo que vai estudar. Uma escola sem grades, onde os alunos tenham livre arbítrio de saírem e entrarem a hora que quiserem. As Paredes das salas de aula são derrubadas e transformam-se em uma grande sala de pesquisa, juntando todas as séries. Um lugar onde não se fica preso em carteiras, mas é possível juntar-se em mesas grandes até com alunos de outras séries.


O fato é que essa mudança já começou e essa escola existe no Brasil. A escola do Futuro.


Essa é a escola Amorim Lima, na cidade de São Paulo, no bairro Butantã, que passou por uma revisão de todos os seus conceitos e hoje se encontra ao avesso de todas outras escolas no país, inspirada em uma escola admirada mundialmente em Portugal, a Escola da Ponte.


Neste novo modelo de escola, cada aluno escolhe o que deseja estudar, e realiza projetos de pesquisa de acordo com seus estudos. Não existe nenhuma pressão, o tempo de realização dos projetos é livre – mesmo que ultrapasse o ano, o aluno continuará no próximo, e assim por diante.


Existe um sistema de tutoria, ou seja, um professor responsável por 18 alunos, toda semana realiza uma reunião crítica, onde os assuntos dos projetos de pesquisa de cada um são discutidos em grupo.


Durante os outros dias da semana, os alunos recebem apenas orientações do tutor – lembrando que nada lhes é cobrado e nem tempo estipulado. Cada aluno tem seu tempo de aprendizagem e é feito um sistema individual para cada aluno.


A escola tem consciência de que a responsabilidade para que um aluno se desenvolva como ser humano é da escola e não do aluno. O próprio conceito do que é bom é contrário ao que é apresentado na escola tradicional.


O professor Rubem Alves certa vez disse que o importante é ensinar as ferramentas que serão usadas pelas crianças. Por exemplo:


- Não a motivos para ensinar um jovem brasileiro a construir um iglu, no entanto se puder ensiná-lo a arte da construção, poderá ele construir o que quer que ele necessite diante de ambientes e situações diferentes - inclusive conhecimento. E esse é o objetivo.


O professor deve ensinar tudo sem precisar falar nada. Demonstrando o respeito e dignidade que tem diante do aluno – e que o aluno realmente possui.


E que comece o apocalipse da seleção natural!


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