segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Atrás dos Muros do Profeta


"Onde estão as...cores?"




Eu devo vir falar sobre algo que me engasga referente, especificamente, a São José de Rio Preto, mas que se trata do status quo univesal em todo esse progresso enxarcado diante da sede urbana.

Enquanto corro quase que religiosamente toda madrugada, costumo passar em frente a um muro e observar - despertado, em certo ponto por este incrível documentário do meu amigo de faculdade, Fernando Marques.

Qualquer um que caminhe pela avenida Bady Bassid, pode observar um muro curvo, localizado praticamente após a faculdade Dom Pedro - aparentemente todo colorido.

Dentre toda aquela pixação esta a pintura de Profeta das Cores.

Enquanto a cidade dorme, o tempo se modifica, a correria se torna em ansiedade. Como se estivessem esperando a chegada do sacrifício - o próprio sacrifício.

Enquanto corro pela cidade, não vejo ninguém, não me sinto só, me sinto o único.

Me sinto proxímo à aquela pintura, àquelas palavras:

"Onde estão as..."

Em toda a sua compreenão da própria limitação ao dizer, "Eu sou o cara mais feliz da minha vida".

Em meio a pixações sem sentido e todo uma vida paralisada e desperdiçada, vejo um desenho que espressão o olhar aprisionado que define perfeitamente o espírito desta cidade. Ao lado a pintura que expressa a cidade no seu todo aparenta um borrão.

Pessoas condicionadas tal como zhumbis vivendo dentro de um borrão incapaz de definir cores e rostos.

Enquanto isso, pessoas indo e vindo, sem saber o que fazem e sem saberem o por que fazem, mas com a maior convicção imaginável.

Ha...se soubessem que seus corpos possuem vida própria, que apenassão donos de algo que os dominam.

Sem dúvida toda esta vida que o profeta experienciou retirou-o totalmente da redoma envolta por um véu desta vida tomada como social. Não pretendo enxerga-lo como um sábio, não.
Mas sim como alguém. "Um Alguém", o que está dificil de existir.

Como ele mesmo disse, Onde estão...?

Onde estão as cores? Onde estão a verdadeiras pessoas? Vidas interrompidas por um vazio, vazio o qual entorpece e se faz tal como uma mariposa batendo em uma lampada.

Por trás do desaparecimento dos Muros do Profeta que frases estão sendo soterradas? que gritos foram interrompidos??????? CORREM TANTAS VEIAS!

O que fez essa sede urbana com os pensamentos do artista?!?! Por trás desses Muros em caminhos poéticos e céticos.

Atrás do muros do profeta está a vida interrompida, a vida fudida, estamos todos nós!

Nas palavras de Profeta e voz de um grande Professor que tive, Marcelo Matos:

"Como fazer agora para mudar o olhar pobre sobre o concreto abstrato?"



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