Estamos em pleno pós-moderno, o tempo em que a razão faleceu, ou melhor, ela se parece com aquela sensação de que bebemos até cair noite passada e agora sentimos toda a ressaca.
É... o sentido da vida continua em pleno vazio.
Muitas pessoas agora vêm aderindo ao budismo (religiões cultas e chiques como esta), não pega bem ser catolico - pois soa que sejamos reacionarios - e nem ser evangélico - pagar dízimo? - embora ainda existam muitos destes.
Esta geração da informação sabe de tudo (superficialmente), e no entanto não se pode fazer feio.
Neste tempo as tradições foram mortas e desassociadas com a prática religiosa. O livro "O Segredo" é o espelho da sociedade - é uma mistura de tudo aquilo em que seus valores se encaixam.
Por falar em tempo... existe tempo? Este que acelera e molda mundos e vidas faz com que vivamos de acordo com as sensações impostas por esta autoridade reveladora que nos cai tão bem.
O dia em que Deus descansa é sexta feira para os muçulmanos, sábado para os judeus, e domingo para os cristãos. Bom, as leis foram feitas de acordo com religiões, desta forma o mercado e o Estado trabalham de acordo com elas.
Não estou aqui para julgar a religião, já que a fé é que condiciona a pessoa à sua crença, e a crença não nasce na religião. Ao contrário se a pessoa não possui fé em princípio, no modo como ela pensa e julga a vida, ela não poderia ter religião.
A sociedade de hoje é aquela desencanada com valores antigos, embora ainda os sinta, no entanto não pode suporta-los, já que a mudança da sociedade não comporta uma visão ultrapassada.
Nada mudou, e os críticos e estudiosos sociais ainda não perceberam. Apenas trocou-se a cena.
Esta é a sociedade. Sociedade do consumo, consumo religioso. Quando digo religioso me refiro a comportarem apenas a sua própria vontade - que se dá a partir da verdade que enxergamos. O que seria a vontade senão uma fé?
Com essa fé se consome imagem, prazer, esperança, felicidade, auto reconhecimento - compram a vida que vivem para si próprios.
Será que eu ainda verei caminhos com pessoas livres? Ou apenas pessoas caminhando livres?
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Espiritualidade de Consumo
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Interessante o seu pensamento Eder, sou um cara que frequento a Igreja católica, pois me sinto bem, mas não sou um cara que tenho um certo fanatismo pela religião, acredito em Deus e tenho uma fé dentro de mim.
ResponderExcluirMas concordo, que não precisa ficar indo na igreja para ter fé, e sim até mesmo acreditar em vc próprío já é uma fé, não é?
Também vou do pensamento que o dizimo não é tão importante assim como pensam, você dá o que pode... Existem igrejas que querem mais do que a pessoa tem, e isso é um absurdo!!..
Mas legal. abraços!
Dito e Provado!
ResponderExcluirNão é claro que vontade seja uma fé pelo simples fato de que a palavra fé está intimamente ligada a religião. Mas se dermos um passo a mais, na direção do entendimento de que religião é uma filosofia incutida em uma sociedade que tem como ponto pricipal a fé verificaremos que esta fé é a vontade de que sua filosofia seja verdadeira, afinal ninguém quer acreditar em algo que não seja verdade, ou acreditará duvidando e isso defninitivamente não é fé.
ResponderExcluirDesta forma, o Pós-Moderno, como filosofia atual no mundo ocidental ainda não reflete definitivamente a sua verdade na maior parte da sociedade, pois ainda não conseguiu atingir àquela parte da sociedade que tem fundamentalmente a religião como forma de filosofia. Portanto penso que a fé do Pós-Moderno é a vontade de expressar o seu mais íntimo desejo, o subjetivismo.
Sim, é claro que vontade é a fé. Fé é a verdade que te é revelada subjetivamente, a qual acarreta à palavra "óbvio" ares fracos - diante do poder que a fé é, e transmite toda a realidade que enxerga. Aquilo que te faz julgar sem ao menos ter condições de se defender de ilusões, principalmente no início da vida. Com o entendimento de que a percepção do ser é moldada pela sua fé. Teria alguma dúvida de que a vontade não seria totalmente controlada por ela?
ResponderExcluirNão é possivel querer ter fé, ou querer acreditar e tomar algo como verdade. Para se ter religião é preciso ter fé anteriormente, pois a religião existe através de símbolos e o não ter fé é reconhecer a nulidade dos simbolos e conseguir enxergar-los - em tudo o que parece óbivio que somos e a mediocre capacidade de refletirmos.
Quando disse que não era claro a relação existente entre fé e vontade, pensei naquilo que a maioria das pessoas pensaria se interrogada sobre o significado da palavra fé. Penso que para estas pessoas a fé é muito mais que tudo e inclusive que sua própria religião. Por isso disse que não era claro, mas depois de analisar esta pequena questão pude compreender a íntima relação entre fé e vontade de um ponto de vista filosófico. Mas esta análise deve ser feita desvinculada de qualquer religião para que evitemos que a fé e a religião caiam em um tipo de efeito retroalimentador que blinda o "sistema" fé + religião de qualquer análise de precedência. O que eu quero dizer é que quando o tal sistema atinge um status intocável é difícil dizer qual vem antes, pois se eu tenho antes de tudo uma fé eu a utilizo de acordo com uma religião e se eu tenho uma religião é porque eu tenho uma fé. Agora, se nos afastamos desse sistema para pensarmos como a vontade se relaciona com a fé podemos dizer que a vontade de expressar um pensamento é a fé de uma filosofia atual.
ResponderExcluirFalarmos de religião ou sobre o tipo do cabelo que a pessoa se proprõe a usar é a mesma relação diante da fé. Considero facil entender que a fé vem antes da religião, já que tudo é moldado pela linguagem e cultura. Pessoas sem religão e sem a crença em Deuses não deixam de ter menos fé do que as religiosas e crentes em Deuses. Realmente a vontade é a fé que conduz o que o indivíduo enxerga e indica as possibilidades de abertura de pensamento que possa ter.
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