segunda-feira, 23 de março de 2009

O mundo como tal não tem nada de misterioso




A filosofia da percepção a tempos vem estudando o mundo, o qual a ciência se dispõe a explicar e a religião se atem a mitificar.

Segundo o estudo da percepção a ciência não poderia ser capaz de encontrar respostas corretas antes do próprio cientista, entender a si próprio.

Em relação à religião, o mito é tratado apenas como um imaginário operante, ou seja, uma verdade que opera dentro apenas de um indivíduo, por sua ausência de condições de enxergar o falso em sua fé.

Um dos grandes nomes deste estudo, Merleau-ponty, aponta a educação, os valores e as crenças como motivos do mundo tornar-se tão misterioso diante dos olhos das pessoas.


Quando crianças ainda, antes de termos capacidade de entendermos exceto uma palavra, já construíamos todo um bloco comum de vida, já criando valores com a nossa percepção.

Não poderíamos, no entanto, dizer que a percepção é o que coloca a humanidade em um mundo lúdico, já que ela é a condição para sermos seres humanos e termos a consciência.

O modo como somos educados, tanto pelos nossos pais, quanto pelos valores que a sociedade coloca, criam sensações e pressentimentos invisíveis em nós que realmente não existem, porém que nos envolve tanto que não conseguimos enxergar, pensar, falar, sem esses.

Nosso envolvimento com a nossa própria percepção quando estamos relacionados com o mundo é tamanho que simplesmente não se quer lembramos que todo o significado das coisas está diretamente ligado com tudo que tivemos de experiência, desta forma nos colocamos como sendo o centro do universo.

O mundo não tem mesmo nada de misterioso, somos nós que somos incapazes de entender sequer a nós mesmos, e não é a cosmologia que trás nenhuma lacuna, ou os mitos que não podem ser desvendados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário