Há momentos em que é extremamente importante não se cometer erros (como no caso de um cirurgião, por exemplo).
Mas o que muitas vezes não percebemos é que cometer erros é a chave para o sucesso.
Qualquer processo criativo ocorre através de tentativas e erros (independentemente da capacidade do criador) e as tentativas não levariam a nada se não houvessem os erros.
Se você não tem a resposta para algo, o único modo de procurá-la é arriscando e observando os resultados. Mas isso deve partir de algum conhecimento que você possua, não ser uma mera adivinhação (o que provavelmente não dará certo, a não ser que você tenha realmente muita sorte).
A evolução ocorre através das mutações, devido às réplicas de “erros” do DNA. A seleção natural trabalha para que essas mutações (que na maioria das vezes é prejudicial) não ocorram, mas não consegue atingir a perfeição – felizmente – sendo essa a fonte de toda a complexidade dos seres vivos.
Nós – seres humanos – podemos tratar com muito mais eficiência dos problemas dos erros.
Podemos pensar, refletir sobre o que aconteceu e nos perguntar: o que foi que eu fiz de errado para acabar nessa situação?
Assim temos uma dica sobre o que não fazer na próxima tentativa, aproveitando os detalhes do erro anterior.
Na ciência os erros têm um peso mais importante: eles são cometidos em público, são exibidos para que todos aprendam com eles.
Assim, você pode se beneficiar dos erros de todos os outros.
Essa é uma das coisas que nos faz tão diferentes e mais inteligentes do que outras espécies. Podemos compartilhar os benefícios do que cada indivíduo aprendeu sozinho, sem precisar vivenciar os erros de cada um deles.
Mas é enorme o número de pessoas (até mesmo algumas consideradas inteligentes) que não compreendem algo tão simples – a importância de errar.
Há até mesmo pesquisadores renomados que avançam pouco e utilizam apenas o que lhes é útil, apenas para não reconhecerem que estão errados.
Quantas pessoas nós vemos que não conseguem sequer cogitar a possibilidade de dizer “Você tem razão, acho que cometi um erro.”
De qualquer modo, você sai ganhando com o reconhecimento de um erro.
Algumas pessoas se divertirão corrigindo seus erros, outros gostarão de poder tê-lo ajudado por sentirem que são úteis, uns ainda gostarão de incomodá-lo...
Por outro lado, na maioria dos casos, as pessoas não gostam de corrigir erros estúpidos.
Você provavelmente teve algo interessante a dizer.
Os erros são mais do que apenas oportunidades para aprendermos, eles são na verdade a oportunidade que temos para aprender algo novo.
Em vez de evitar os erros, eu diria a você para cometê-los e não negá-los quando acontecerem.
Você deveria cometer grandes erros, mas só para então poder se recuperar deles.
Não precisamos arriscar nossa pele para aprender com nossos erros, mas temos sim que observá-los atentamente, realmente prestando atenção neles, conhecê-los e analisá-los.
Não tente escondê-los ou negá-los para si mesmo, mas se esforce para superá-los.
Apenas os esqueça quando tiver obtido e percebido todo o benefício de ter cometido aqueles erros, e passe para a próxima fase.
Não se preocupe com o que já está certo, mas arrisque-se em todo o resto.
Organize-se para que, a cada passo que dá, possa perceber quais foram os erros cometidos e modificar o trajeto.
Afinal, ao aprender com os erros inofensivos, é menos provável que você venha a cometer os erros prejudiciais.
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